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Síndrome de burnout: por que concurseiros devem se preocupar

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Síndrome de burnout: por que concurseiros devem se preocupar
Síndrome de burnout: por que concurseiros devem se preocupar

Em janeiro deste ano, a síndrome de burnout foi reconhecida pela Organização Mundial da Saúde como um fenômeno relacionado ao trabalho. Ela é resultado de um quadro de estresse crônico associado às atividades profissionais, ou mesmo ao ambiente onde a pessoa exerce suas funções.

Embora se trate de uma condição ocupacional – que inclusive dá direito a licença médica para os trabalhadores –, quem está se preparando para concurso público também deve se preocupar. Afinal, o esgotamento extremo pode afetar o rendimento nos estudos. Continue conosco e veja como se prevenir do “apagão”.

O que é a síndrome de burnout?

A síndrome de burnout é um distúrbio caracterizado pelo esgotamento mental decorrente das relações de trabalho. Quando alguém passa por situações estressantes na empresa, ou quando o relacionamento entre os colegas não é dos melhores, pode desenvolver um quadro assim.

A principal característica é a tensão emocional crônica. Aos poucos, as atividades profissionais vão se tornando gatilhos de estresse, a tal ponto que o emprego deixa de ser satisfatório ou de fazer sentido na vida da pessoa.

O diagnóstico da síndrome de burnout é clínico. Ele leva em conta os sintomas e o histórico do paciente.

Quais são os sintomas do burnout?

O primeiro sinal de que o trabalhador vai chegar a um nível de esgotamento está, justamente, na exaustão. Quando falta energia ou ânimo para lidar com as tarefas cotidianas, significa que o corpo e a mente precisam de uma pausa.

Só que esse descanso nem sempre vem. Então, o estresse crônico pode evoluir para lapsos de memória, dificuldade de concentração e crises de ansiedade. Aliás, o termo “burnout” designa justamente esse apagão mental: é como se o cérebro entrasse em curto-circuito e parasse de funcionar por alguns instantes.

Em acréscimo, não é raro perceber uma postura negativa frente ao trabalho. Há oscilações bruscas de humor, que vão da agressividade ao pessimismo, passando ainda pela indiferença em relação ao emprego. Faltas no expediente podem se tornar comuns, justamente porque a pessoa deixa de se importar com seus afazeres.

Por fim, pacientes diagnosticados com síndrome de burnout costumam apresentar baixa autoestima. Esse grupo se percebe ineficaz, sem senso de realização profissional.

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Como é o tratamento para síndrome de burnout?

O esgotamento do trabalho pode ser tratado com antidepressivos associados ao acompanhamento psicoterápico. É importante procurar ajuda especializada para identificar quais são os fatores estressantes, pois muitas vezes as pessoas não percebem que estão desenvolvendo síndrome de burnout.

Vale lembrar que o Ministério da Saúde reconhece, desde 1999, o distúrbio como uma condição relacionada ao trabalho. Caso o funcionário de uma empresa apresente sintomas, poderá ser afastado das funções por até 15 dias, recebendo o auxílio-doença da Previdência Social. A licença é concedida quando se comprova a incapacidade de realizar as tarefas por causa desse estado clínico.

O que burnout tem a ver com preparação para concurso?

Estresse, depressão e síndrome de burnout têm se tornado assuntos cada vez mais frequentes no mundo corporativo. Isso porque a saúde mental dos colaboradores, finalmente, aparece como essencial para a produtividade.

Vamos pensar um pouquinho no contexto da sociedade atual? A concorrência entre as empresas favorece um clima de competição, no qual o lucro e a popularidade das marcas são fatores relevantes. Muitas vezes, isso cria situações difíceis para as equipes. Os trabalhadores perseguem metas inatingíveis, são constantemente cobrados pelas chefias e tentam arranjar maneiras de render mais em menos tempo.

Outro problema recente foi a pandemia. Isolados no home office, os profissionais perderam a divisão de espaço e tempo entre o trabalho e o lazer. Resultado: se a casa virou escritório, o expediente dura o dia todo. Você certamente conhece alguém que reclama por estar trabalhando muito mais a distância que na sede da firma, né?

Nenhum ser humano aguenta essa situação eternamente. O excesso de trabalho e o estresse crônico geram apagão mental. Aí, qualquer expectativa de produtividade vai para o espaço.

Embora concurseiros não tenham um chefe soprando no cangote o tempo todo, a pressão psicológica é semelhante. Na verdade, o próprio candidato às vezes se cobra demais.

Claro que, para passar na prova, é preciso dedicação. Porém, rotinas exaustivas de estudo se tornam contraproducentes. Existe o risco de o corpo e a mente não aguentarem.

Batendo o esgotamento, aquele tão sonhado objetivo de fazer carreira no setor público se transforma num pesadelo. Pior ainda: você passa a encará-lo com indiferença e até desiste de seu objetivo de vida. Ninguém precisa chegar a esse ponto!

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Como evitar o esgotamento mental nos estudos

Diante dessa realidade, você deve elaborar mecanismos para se proteger da exaustão mental. É evidente que um pouco de estresse e preocupação vão ser seus companheiros de jornada. No entanto, procure domá-los antes que eles assumam o controle. Confira as dicas:

Evite as drogas. Aquela cervejinha no fim da tarde, só para relaxar, pode abrir espaço a um hábito perigoso. O mesmo vale para o excesso de estimulantes, como café e Ritalina. Substâncias psicoativas em geral tendem a agravar quadros de ansiedade e depressão.

Pratique atividades físicas. A mente também precisa desse estímulo para funcionar melhor. Vale recorrer a caminhadas, ioga ou mesmo exercícios laborais (que, além de tudo, previnem dores nas articulações).

Organize-se. Leve uma rotina de estudos adequada ao seu ritmo de vida. Sim, é importante ter metas, mas não deixe que elas sufoquem você. Caso o cronograma de leituras e exercícios esteja pesado demais, diminua a carga.

Reavalie suas prioridades. Questione se a carreira pública é o seu verdadeiro talento, ou se você deveria investir esforços em outro tipo de atividade profissional.

Relaxe. O cronograma de estudos do concurseiro tem que prever pausas para o descanso. Lembre-se de tirar pelo menos um dia da semana para aqueles programas que dão prazer, como assistir a uma série, dormir até mais tarde ou passear com a família.

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