Se você sente dificuldade para se concentrar nos dias muito quentes, preste atenção ao artigo de hoje. O calor mal começou e é bom ir se adaptando para estudar no verão. Isso porque as temperaturas extremas podem, sim, comprometer o desempenho cognitivo. Continue conosco para entender melhor esse fenômeno e conhecer maneiras de esfriar a cabeça.
Por que estudar no calor é mais difícil
Pesquisadores dos Estados Unidos analisaram o desempenho de 10 milhões de estudantes ao longo de 13 anos. Ao fim do estudo, eles notaram uma forte correlação entre o clima e os resultados acadêmicos. Os dados indicavam que, nas regiões mais quentes, as médias escolares dos alunos eram mais baixas.
Mas todo cientista sabe que correlação não é causa. Outros fatores sociais, como baixa renda e falta de acesso a escolas de qualidade, poderiam explicar os índices. Portanto, devemos nos aprofundar na explicação.
Aí entra uma segunda pesquisa, da Universidade de Harvard. O experimento dividiu jovens universitários em dois grupos: o primeiro teve acesso a ar-condicionado, enquanto o segundo permaneceu alojado em imóveis sem esse recurso. Após 12 dias de observação, ficou evidente que o calorão alterava capacidades cognitivas dos indivíduos, como tempo de reação e memória.
É que o corpo humano se esforça para manter a temperatura interna em cerca de 37°C. Acima disso, pode haver um quadro de hipertermia, caracterizado pela desidratação rápida do organismo. Os sintomas incluem dor de cabeça, tontura, visão turva, confusão mental e agitação – pacote perfeito para perder o foco nos estudos.
O cérebro tende a ser um dos órgãos mais afetados nos dias de verão. Porém, não se trata de mero mal-estar. A exposição prolongada a um ambiente quente e abafado pode acarretar complicações graves, como insuficiência renal e até falência cardíaca. Ou seja: pensando no bem de sua mente e de seu corpo, é necessário providenciar meios para garantir o conforto térmico.
Dicas para estudar no verão sem passar calor
Segundo os cientistas, a temperatura ambiente ideal para potencializar os estudos gira em torno dos 22°C. Só que nem todo mundo tem ar-condicionado em casa, e mesmo quem tem prefere desligar o aparelho para não torrar o salário na conta de energia elétrica. A saída, assim, é encontrar soluções refrescantes e mais baratas. Veja só:
- Organize seus horários de leituras e exercícios para o início da manhã ou a noite. Nesses períodos, o clima geralmente está mais ameno.
- Abra as janelas e deixe o ar circular! Onde há brisa, as chances de abafamento ficam menores.
- A circulação de ar do seu quarto não dá conta de arrefecer o calorão? Experimente ir a uma biblioteca. Além de climatizada, ela será bastante silenciosa.
- Beba muita água ao longo do dia. O líquido regula as funções corporais e mantém o cérebro atento, sem aquela moleza causada pela desidratação.
- Vista roupas leves e confortáveis. Dê preferência a tecidos naturais, como o algodão, que favorecem a transpiração do corpo.
- Tome banho frio. Esse método não só reduz a temperatura corporal, como também estimula a circulação sanguínea e a produção de noradrenalina. Você ficará mais alerta.
- Evite alimentos gordurosos. Eles demandam muita energia para o processo de digestão, o que acaba interferindo no rendimento intelectual.
Viu? Com alguns ajustes na rotina, dá para encarar sem medo este verão de estudos. Se você gostou do conteúdo de hoje, assine nossa newsletter para receber mais dicas de preparação para concurso público. É grátis!