Estudar para concurso é a chance de conquistar uma carreira estável e com boa remuneração. Porém, nem sempre a vida está ganha depois que você aparece na lista de aprovados. Muitos certames existem para formar um cadastro de reserva, o que significa que a convocação para o cargo público pode demorar um tempo.
Estou no cadastro de reserva: e agora?
A aprovação em concurso público é um requisito para todo servidor que pretenda ser efetivado no cargo. Porém, de acordo com o regime interno do órgão, existe um tempo mínimo entre uma prova e outra. Ou seja, não é possível realizar uma nova seleção a cada seis meses para preencher as vagas ociosas.
O problema é que, no período até o próximo certame, muitos trabalhadores podem se aposentar, trocar de emprego ou mesmo falecer. Assim, a entidade vai ficando com déficit de pessoal, o que gera sobrecarga de tarefas nos demais membros da equipe, ou então morosidade nos processos da máquina pública.
Por essa razão, muitos concursos existem tanto para o preenchimento das vagas imediatas quanto para o provimento futuro. É o famoso cadastro de reserva.
Os candidatos aprovados aparecem numa lista de classificação, conforme a pontuação obtida. Depois, vão sendo chamados na ordem estabelecida. Tão logo surja mais uma oportunidade naquele setor, o próximo classificado da fila é convocado para ocupar a posição em aberto. Se a pessoa não estiver disponível, passa-se para a seguinte.
Esse movimento ocorre até que a lista de aprovados se esgote, ou enquanto durar a validade do concurso (o que vier primeiro). Geralmente, a vigência é de dois anos – prorrogáveis por mais dois. Isso significa que os últimos nomes da lista podem ingressar na carreira pública até quatro anos após a realização do certame, ou mesmo nem sequer serem chamados para trabalhar na entidade em questão.
Vale a pena fazer concurso para cadastro de reserva, então?
Diante do prazo indefinido, fica a dúvida: cair no cadastro de reserva compensa o esforço de estudar para concurso público?
Tudo depende de quais sejam seus objetivos. Muitos concurseiros se inscrevem em mais de uma prova como forma de ganhar experiência. Dessa maneira, vão se preparando para processos seletivos mais concorridos. Pode acontecer de, durante o exercício, a pessoa conquistar a aprovação e ficar na lista de espera. Nesse caso, uma eventual convocação não estaria entre as prioridades, mas seria uma grata surpresa.
Aliás, muita gente ingressa no setor público numa vaga que não seria a ideal, mas que ajuda a pegar o ritmo do trabalho e a entender como as rotinas funcionam. Nada impede que o servidor mude de emprego, caso seja chamado para outro órgão que pague melhor ou proporcione mais benefícios. E, claro, o sujeito também pode continuar participando de concursos de seu interesse.
Agora, se você aposta todas as fichas num único certame, pense bem. O cadastro de reserva não dá garantia de que o candidato aprovado ocupe o cargo pretendido. Em vez de esperar por um futuro incerto, melhor investir em outras opções de carreira.
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